quinta-feira, 18 de junho de 2009

FCC fala e cobra a verdade jornalística!!









Forum da Cidadania de Castilho se revolta com alguns jornalistas e o pseudo-serviço social prestado à comunidade castilhense e cobra a mídia local a verdade verdadeira sobre a manifestação do dia 10 de junho.


Após a leitura deste artigo fica a pergunta: A quem está servindo a mídia local??



(na foto vemos como boa parte dos jornalistas brasileiros são "sérios e imparciais".)

FÓRUM DA CIDADANIA DE CASTILHO – FCC

NOTA À IMPRENSA #3.
UM GRANDE REPÚDIO E TRÊS COBRANÇAS DE RETRAÇÃO PÚBLICA
PARA O JORNAL AGORA NOTÍCIAS.

Quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sentimo-nos na obrigação de corrigir o jornal Agora Notícias pela matéria publicada no dia 13 de junho de 2009, à página seis, no caderno “Cidades”. De responsabilidade do jornalista Sidnei Ferreira, quem assina o texto, no entanto, é a “Assessoria de imprensa”. Muito bem. Mas “Assessoria de imprensa” de quem? Da atual Prefeitura de Castilho, supomos. Com efeito, o mesmo conteúdo se encontra na página eletrônica da gestão municipal (2009-?), o que se pode conferir em http://www.castilhoonline.com.br/ler_noticia.php?noticia=310&titulo=INSATISFEITOS,%20MST%20e%20Sem%20Teto%20v%E3o%20%E0%20prefeitura%20e%20pedem%20apoio%20ao%20atual%20prefeito%20por%20omiss%E3o%20no%20social%20h%E1%2008%20anos.

A presente cobrança de retração pública, nós a dirigimos, exclusivamente, ao jornal, porque compreendemos, dentro das assertivas legais correspondentes (nossos advogados estão à disposição), que todo veículo de imprensa comercial deve seguir preceitos éticos universalizáveis, cuja inobservância pode ser caso de processo judicial. Para não chegar a esse ponto, nós, do Fórum da Cidadania de Castilho, propomos um acordo entre cavalheiros: conceder direito de resposta a Baixinho, Luciene e ao F.C.C., citados nominalmente ali. Por hora, com isto nos contentaremos. Ocupar, depois da Prefeitura que fechara as portas ao povo, o órgão de informação que interpôs entre os fatos de ordem pública e a opinião pública um vidro fosco e distorcido.


PRIMEIRA COBRANÇA – do Baixinho, dirigente regional do MST.

A frase “[Baixinho] acredita agora que os problemas serão resolvidos, pois demonstra [sic] algumas atitudes do atual prefeito que se preocupa mais com o ser humano que com grandes obras” é uma inverdade, porque o que eu estou vendo na administração do dr. Antônio é, exatamente, o contrário.

No contexto em que eu disse que Castilho viveu, durante oito anos, a tirania do Joni, eu disse também que essa situação continua igual nesta administração. Explico por quê. No caso do rural, toda vez que os assentados e acampados reivindicavam algo pro Joni, ele nem ouvia a gente e respondia que acampamento e assentamento era obrigação exclusiva do INCRA. E o dr. Antônio está fazendo a mesma coisa. Chegou a dizer que a gente devia era ocupar o INCRA. Pois é, sem problema. Toda vez que precisar fazer ocupação, dentro do que a Constituição permite, a gente vai fazer. Acontece que o dr. Antônio não sabe (porque sua assessoria não funciona como deveria, com certeza), que na segunda e na terça [dias 8 e 9 de junho de 2009], o MST do estado de São Paulo acampou dentro do escritório central do INCRA [na capital], pra reivindicar melhorias. Mas tem coisa de acampamento e assentamento que é a cargo do Município resolver, fomentar a produção, facilitar o escoamento, inclusive fazer convênio com o INCRA. Ele não pode ignorar que 1/3 de Castilho é rural e paga impostos pra ele.

Inclusive, no caso da saúde, em vez de assumir a sua responsabilidade como prefeito, o dr. Antônio acusa a ACASC de faltar com o acordado e que ele, chefe do executivo do Poder Público Municipal, não pode fazer nada, porque a ACASC é uma empresa terceirizada. É um absurdo.

E eu também não disse que “acredito”, mas, sim, que “deixei de acreditar” no dr. Antônio. O que eu afirmei é que acreditei no dr. Antônio durante a campanha eleitoral, por conta da sua aliança com o Pedrinho Boaventura, seu vice. Mas agora eu tenho convicção que administrar é ter compromisso com o povo, é ter um plano e dar os meios pros outros poderem ajudar a realizar. Administrar é ter a coragem de manter a palavra acima de tudo e de todos e fazer as coisas acontecerem. Em vez de ter entregado a praça da Matriz sem mexer um dedo no projeto do Joni, se ele mesmo achou muito caro e desumano, por que, então, não deu um jeito de construir o “Hospital de Primeiro Mundo”, igual ele prometeu durante a campanha? Não. Preferiu fechar os Postos de Saúde nos assentamentos e acabar com os agentes de saúde. Se faltou dinheiro, então, está claro que, também, faltou atitude. Agora eu ouço dizer que ele vai construir um recinto de festas, um centro de eventos pro município. E aí? Isso é priorizar o ser humano? Inaugurou um “magnífico Portal de Entrada do Município” e esqueceu de abrir uma vicinal pra circulação de carroças e tratores. Agora a polícia impede o campo de vir pra cidade, pra não atrapalhar o trânsito.

Pra concluir, acredito que os problemas podem ser resolvidos, sim, desde que o povo continue a se mobilizar, a se organizar, lutando para participar da Administração através de Conselhos Municipais Populares e do Orçamento Participativo. Viva o Fórum da Cidadania de Castilho!


SEGUNDA COBRANÇA – da Luciene, coordenadora do AMST.

Não é verdade que “desde o início [da administração do dr. Antônio]” as portas da Prefeitura estavam abertas “para todos os segmentos populacionais, independentemente de suas condições político-partidárias (...), com várias reuniões e resultados”.

Os Sem Teto estão sem resultado nenhum. O dr. Antônio tinha R$ 350 mil pra comprar um terreno pra gente. Mas ele preferiu passar o terreno do asilo Betel, que já é da Prefeitura, pro estatuto do nosso Movimento. Só que o terreno é rural, tem que passar pra urbano. Que que eu posso dizer? A coisa enrolou, enrolou e nada. Daí, no dia 10, por causa da pressão, ele se comprometeu de encaminhar o projeto no mesmo minuto pra Câmara, pra poder ser votado na segunda, dia 15. O que aconteceu? Fomos lá [pra Câmara] dia 15, conferir e nada. Ele não tinha enviado o projeto. Não cumpriu com a palavra, deixou a gente sem resultado outra vez.

No mês passado, quando eu fui falar com o topógrafo, pra ele legalizar logo o terreno do Asilo Betel, que a gente estava precisando muito, ele me respondeu que não ia fazer, porque tinha outras prioridades. E me deixou falando sozinha. Não acho que isso é “resolver o déficit habitacional em 5 (cinco) meses de mandato” nem compensar o que se “arrasta há mais de oito anos em Castilho”. Falam que vai fazer, que estão fazendo e nada. Que fez convênio com o governo federal, com o governo estadual, que “determinou a seus engenheiros”, que o processo “está adiantado no Cartório”, mas não estamos tendo os resultados.

Daí, o que acontece? Eu falo em Assembléia que o prefeito vai fazer e o prefeito não faz. Todo mundo votou nele acreditando nas promessas. O dr. Antônio precisa entender que ele é o nosso prefeito, a gente se sente parte da administração. Só que não sou eu que não estou fazendo a minha parte. As pessoas ficam revoltadas. A melhor coisa que fizemos foi manifestar junto com o Fórum da Cidadania, porque agora a gente vê uma maneira de conquistar a nossa casa, sem esperar que as coisas caíam do céu.

No Agora Notícias também está escrito assim: “o que causou estranheza ao Prefeito foi o fato do movimento Sem Teto integrar à manifestação, pois sua líder, Luciene, já sabia de todos esses fatos [os convênios e a determinação de prioridade para engenheiros e cartório]” – sabia mesmo, falei pra base que o prefeito tinha prometido, desde a campanha eleitoral, aliás, quando ele mesmo falou – “motivo pelo qual o prefeito vai marcar uma assembléia com todos os integrantes do grupo para saber se a mesma [eu, Luciene] realmente lhes falou o que estava ocorrendo e da forma correta.”

Pois bem, dr. Antônio, venha, mas venha logo. E com resultados, que de promessas a gente está cansado. O sr. viu.

Em vez de revolta, a gente está com propostas na mão. Ninguém foi quebrar nada, não, pelo amor de Deus. A gente quer paz, quer verdade, quer um teto. É direito nosso. O Fórum está ensinando uma coisa que eu já escutava há muito tempo, mas não tinha ainda entendido de verdade: quando você quer que uma coisa saia bem feita, você mesmo é que tem que fazer. A união faz a força.

Uma última coisa. O sr. disse que “o projeto inicial previa a construção de 220 casas pelo sistema de mutirão”, mas “agora o sistema de construção (...) será o sistema de “administração direta”, ou seja, a prefeitura contratará uma empresa para entregar as casas prontas para o mutuário” e que serão entregues 500. Então, a gente quer que a prefeitura contrate a nossa associação, que a gente crie uma cooperativa se for necessário, pra gente mesmo, no sistema de mutirão, ser remunerado pela construção das nossas casas. Não vale terceirizar, se não eu não sei mais o que o prefeito quer dizer com “administração direta”. No nosso meio tem pedreiro, carpinteiro, pintor, cozinheira, faxineira. Mão-de-obra o sr. pode ter certeza que não falta. Aí, além de não ter atraso (“a exemplo do C2 ainda não construído”), o povo Sem Teto vai ter uma conquista de verdade.

Queremos imediatamente o terreno e mutirão remunerado pra construção das casas, em convênio com a prefeitura!


TERCEIRA COBRANÇA – do Fórum da Cidadania de Castilho.

A começar do título, a matéria presta-se a confundir a opinião pública e distorcer os fatos. Não fomos apenas Movimento Sem Terra (MST) e Associação de Moradores Sem Teto de Castilho (AMST), mas o Fórum da Cidadania de Castilho – composto, no atual momento, por Sindicato dos Empregados Rurais (SER), Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (FERAESP), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Associação de Defesa do Patrimônio Ambiental e Cultural de Castilho (ECONG), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Castilho (SSMPC), junto com os já citados MST e AMST – que ocupamos legal, pacifica e propositivamente o saguão da Prefeitura no dia 10 de junho de 2009, por volta das dez horas da manhã, para reivindicar audiência extraordinária com o prefeito dr. Antônio, reclamar-lhe de sua gestão e apresentar nossa pauta de reivindicações. Apresentá-la a ele, seus assessores, diretores de departamento e, sobretudo, à população castilhense. Por isso, ocupamos, ao mesmo tempo, a praça da Matriz, em frente à Prefeitura, onde panfletamos, discursamos, puxamos palavras-de-ordem e, por fim, cantamos o Hino Nacional.

Portanto, nós não fomos – como escreve o Agora Notícias – “pedir apoio” ao prefeito da vez. Ora, ora. Fomos, sim, exigir que o plano de governo apresentado durante a campanha eleitoral do dr. Antônio seja imediatamente cumprido. De jeito maneira, fomos – simplesmente – “reclamar da administração anterior” – como pretende o referido jornal. Se fizemos comparações entre o ex-prefeito Joni Marcos Buzachero (do PSDB) e o atual (do PTB), não foi, evidentemente, para livrar a cara do dr. Antonio! Que desplante. Como se o Agora Notícias não estivesse presente na nossa audiência extraordinária, dentro da sala. Temos uma lista de presença para confirmar. E gravamos todas as falas, há há. Quem sabe o sr. Sidnei cochilou do começo ao fim e, depois, achou por bem atalhar-se um “recorte-e-cole” do sítio eletrônico da Prefeitura? É uma. Control C, ALT + TAB, Control V.

Ou o motivo seria outro?

Em resumo, além de exigir o cumprimento das promessas de campanha do dr. Antonio (pelo que ele pôde, certa vez, conquistar nossa confiança e nosso voto), fomos, de maneira organizada, reivindicar a instauração de Conselhos Municipais Populares (isto é, a reformulação dos Conselhos em funcionamento e a abertura de novos, com presidência rotativa e igual peso na representação por entidade e associação) e Orçamento Participativo Municipal, sob controle dos trabalhadores contribuintes, para impedir a tirania e o nepotismo de qualquer grupelho patrimonialista, pseudo-político ou consangüíneo, no Poder Público Municipal.

Também exigimos, imediatamente, água nos acampamentos e remédios, de graça, para a população. Nossa pauta é extensa, vale conferir. Seria demais a publicação do nosso primeiro panfleto ao fim desta nota? Quem sabe. O importante é compreender, colocando os pingos nos is, que, para nós, já não se trata mais de requerer isto ou aquilo, através de ofícios, protocolos e ritos de guichê ao sr. prefeito. Exigimos participar diretamente da Administração. Nosso primeiro instrumento para tanto: o portal Transparência Brasil, do governo federal, na internet (
http://www.portaldatransparencia.gov.br/PortalTransparenciaListaAcoes.asp?Exercicio=2009&SelecaoUF=1&SiglaUF=SP&NomeUF=S%C3O%20PAULO&ValorUF=217994144712&ValorTodosMun=434002267438&CodMun=6321&NomeMun=CASTILHO&ValorMun=3.115.946,64), onde se pode consultar quanto ao município tem sido repassado para obras públicas anualmente. O que já está no Youtube... http://www.youtube.com/watch?v=IcV9XikcZ3o. Pesquisa a partir da palavra “Castilho”.

São correções de mais a se fazer, houvesse mesmo tanta importância cada linha do Agora Notícias. No final das contas, estamos tranqüilos, porque sabemos que a população está esclarecida sobre os fatos, nossa índole e nossas intenções. O nosso recado, a céu aberto, foi apresentado. Qualquer dúvida, podemos fazer circular, mais uma vez, o nosso primeiro panfleto. Melhor, a essa altura, talvez seja elaborar o segundo. A conferir. Repassemos mais dois pontos apenas, que muito nos exclamaram à primeira (e única) leitura daquela página seis.

É falsa a afirmação do referido “artigo” (não cometeremos mais o erro de classificar aquele texto como matéria jornalística, notícia ou reportagem) segundo a qual “pessoas que não pertencem a Movimentos Sociais e sem qualquer pauta de reivindicação (...) supostamente enviados por grupos políticos insatisfeitos (...) praticaram atos de vandalismo”. Quem encontrou, como acusa o Bissemanário, pedaços de pau e pedras na praça da Matriz ( “fato que leva a crer das intenções de alguns manifestantes” ), por favor? Mentira, calúnia. Todos os manifestantes mantêm vínculo orgânico com algum Movimento Social ou Sindical, Entidade, Associação ou Organização Não-Governamental. Trata-se de um dos critérios para integrar o F.C.C., diga-se de passagem.

E, por princípio, nosso Fórum não é partidário, não é político-parlamentar, não é movido por mesquinharias. Nós aprendemos com os erros do passado. A injustiça, o conservadorismo, a desigualdade, a bem da verdade, não são culpa de ninguém em especial, mas de estruturas. Por isso, apostamos em novas estruturações, participativas, reflexivas, “desengessadas”. Nós nunca mais acreditaremos em pessoas, mas apenas em propostas e métodos. Queremos saber de isenção na identificação de problemas e idoneidade no encaminhamento de soluções. Nós somos a favor do diálogo!

Sem delegar a este ou aquele escolhido, carismático ou instruído embrulhados-para-presente-por-agências-midiáticas-de-publicidade-ultra-aparelhadas (e-com-contas-secretas-no-exterior) – mas firmando, concretamente, mecanismos de inclusão política visando à melhoria geral das condições econômicas e sociais. Estamos chamando isto de Poder Popular, que quer dizer: a população tomar parte nas decisões sobre o que, onde, quando, quanto, como. Que quer dizer: a população decidir sobre qual água vai beber, qual alimento vai comer, qual transporte lhe será oferecido, em qual casa vai morar, por qual trabalho vai suar, em qual colchão vai dormir etc. Coisas práticas e desmistificadas, se assim ainda for possível programar, deixando para trás utopias, sonhos e bolhas de sabão.

Acrescentemos que isso não é coisa de outro mundo. Basta informar-se das experiências realizadas nos municípios de Fortaleza, Porto Alegre, Belo Horizonte e outros, nesta porção da Terra. E, por causa disso, falamos em programa, plano, conteúdo, método, organicidade – e não em utopia, sonho e bolhas de sabão.

Pois bem, voltando ao conteúdo fraudulento do “artigo” em questão. Naquele dia 10 de junho de 2009, nós estávamos munidos tão-somente de um mínimo artefato, que, pelo visto, pode mesmo fazer explodir a atual gestão: o Plano de governo apresentado durante a campanha eleitoral. Como qualquer pedestre (pego de surpresa, talvez) pode confirmar, além do material colorido em que vem estampado o dr. Antonio abraçado ao Pedrinho Boaventura (do PT) – na época, promessa de ser, embora vice, o “Prefeito do Rural” –, portávamos perigosíssimos apitos, panfletos, faixas e um temível megafone. Mas atenção: em momento algum, ultrapassamos os decibéis da lei!

Concluindo. Sr. Sidnei Ferreira e Assessores de imprensa da atual gestão municipal: imputar a outrem responsabilidade sobre a manifestação do dia 10 é que é um ato de vandalismo contra a municipalidade. Será que da boca para fora aconteceu algo com as nossas palavras, que foram, de repente, ouvidas diferentes do que, com tanto esmero, quisemos frisar em praça pública? A saber: “ O povo na rua, dr. Antônio, a culpa é sua!”; “Fauze, a culpa é sua!”; “Fon, a culpa é sua!”; “Joaquim, a culpa é sua!”; “Vereadores, a culpa é sua!”; “Maria Tereza, a culpa é sua!”. Convoquem-se os lingüistas! E os fonoaudiólogos!

Na nossa avaliação, não foi precipitado ocupar o saguão e a praça com um ato cívico, como consta no “artigo”. E nós não “invadimos a Prefeitura” nem, muito menos, nos arrependemos um tiquinho que seja por ter ocupado o Paço Municipal. Quem falou o contrário? Melhor ainda de se esclarecer: quem escreveu isso, que o Bissemanário publicou? Na coluna “Faro Fino”, à página três, a coisa é diferente; parece apoiar-nos. Mas, mesmo ali, o Bissemanário não compreendeu o cerne de nossa luta, de nossa união.

Queremos esclarecer que, diferente daquilo em que insiste o “artigo” (“Lideranças culpam Joni pelo caos”), nós manifestamos nossa insatisfação contra a administração do dr. Antônio, como propostas e metas. Se fôssemos manifestar contra o Joni, teríamos feito-o na administração passada, e não na atual.

No “artigo”, ao se publicar-se que “dr. Antônio fica surpreso com a manifestação” dos Movimentos Sociais e Sindicais do campo, revela-se o despreparo do prefeito e de seus assessores, a falta de diálogo da administração com o povo e, até mesmo, entre si. Ao afirmar ter realizado, na semana anterior, “reunião no assentamento Rio Paraná com lideranças rurais para tratar de assuntos prioritários”, cabe a nós perguntarmos: que lideranças foram chamadas? o que a administração atual entende por “representatividade”? O MST, o SER, a CUT, a FERAESP, a ABRA, por acaso, não têm peso no município? O Bissemanário ainda escreve que “no dia seguinte, algumas das reivindicações já estariam sendo atendidas”. Quais, por gentileza, foram reivindicadas e quais foram atendidas? O rural, aliás, não são somente os assentamentos. Enfim, onde está a assistência aos acampados e aos pequenos sitiantes?

A nosso ver, toda essa contenda, essa novela, essa fumaça sem brasa pode ser facilmente desfeita: Conselhos Municipais Populares Já! Orçamento Participativo Já! Em vez de pessoas, grupelhos, facções, interesses privados ou eleitoreiros, organizemos juntos uma administração participativa, cujo projeto de cidade seja elaborado, decidido e fiscalizado pela municipalidade, sem burocracia, mas com legitimidade e organização. Numa palavra: cidadania.

Fórum da Cidadania de Castilho: por um Grande Repúdio à Contra-Informação!

forumdacidadania.castilho@gmail.com