sábado, 16 de outubro de 2010

Castilho, cidade dormitório.


Com a industrialização de Três Lagoas-MS, Castilho tem ganho status de cidade dormitório, ou seja, aquela em que as pessoas utilizam apenas para dormir.

O grau em que se encontra este fato ainda não foi estudado (ao menos não se tem conhecimento de pesquisas nesse sentido), mas já é possível ter uma idéia da situação ao se observar o grande número de trabalhadores que se deslocam em onibus fretados pelas indústrias de Três Lagoas, ou até mesmo os que utilizam diariamente os serviços da única empresa de transporte que atende a população castilhense, que por sinal, tem abusado da boa vontade de seus clientes.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

...E segue em ritmo acelerado as privatizações em Castilho.


Deu no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Prefeitura prepara a venda da Fecularia.


"PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTILHOAcha-se aberta na Prefeitura do Município de Castilho, Processo Licitatório 74/10, na modalidade de Concorrência 05/10, objetivando a alienação, por venda, de uma Unidade Industrial de Fécula de Mandioca e Derivados, com capacidade de moagem de 200 toneladas/dia. Encerramento: 20 de setem-bro de 2.010, às 9 horas. O edital completo será fornecido aos interessados na Praça da Matriz, 247, na cidade de Castilho. Maiores informações poderão ser obtidas pelo telefone (18) 3741-9000, ramal 9034."




Assim, depois de assistirmos às terceirizações (privatizações) de serviços de transportes, de obras, da água e de uma infinidade de trabalhos que a prefeitura poderia muito bem estar a frente, como por exemplo, a contratação dos artistas da Festa do Pescador que foi feita por meio de uma empresa de Dracena. Segue agora mais uma obra da cartilha neo-liberal deste governo, que é a venda da Fecularia do municipio.

Mais uma vez o que se tem é a tomada de uma importante decisão sem uma consulta ou um debate com a comunidade de castilhense.
Contra esta medida defende-se a ideia de que a Fecularia deveria ser objeto de discussões da melhor coisa a se fazer com ela antes de a Prefeitura simplesmente se livrar de um importante patrimônio que poderia ser um meio de ajuda no desenvolvimento local.

Acredita-se que esta pequena empresa por ser pública, ou seja, do povo castilhense, deveria ser administrada de forma a beneficiar os maiores interessados nela, ou seja, trabalhadores e camponeses de Castilho-SP.

Para isso seria interessante que houvesse um comando desta empresa que fosse diregido por estas duas classes. Acredita-se que dessa forma esta Fecularia teria maior possibilidade de ser um instrumento de criação de empregos com ganhos que fosse voltado a quem realmente trabalha e principalmente, poderia exercer um importante papel no desenvolvimento da agricultura do municipio.
A questão pode parecer utópica para muitos, mas defende-se aqui a simples criação de uma oportunidade de se debater o assunto do que devemos fazer com este patrimônio público. O que se coloca é de vontade política de se por em prática uma medida que poderia dar muito certo.

A Fecularia tem potencialmente uma importante função na economia de Castilho, pois pode servir tanto como criadora de empregos diretos, onde seus funcionários participariam diretamente da administração desta empresa com divisão igual dos ganhos; mas também pode e deve ser utilizada para apoiar a agricultura dos inúmeros assentamentos de nosso município.

A venda da Fecularia sujeitaria suas atividades à busca dos lucros particulares/privados de seus futuros proprietários, o que causaria de um lado a exploração de seus funcionários. E de outro lado impediria um maior desenvolvimento da agricultura local, principalmente de pequenos produtores, pois levaria a especulação de preços que tendem a ser desvantajosos para o pequeno produtor rural.

domingo, 30 de maio de 2010

Sobre as Terceirizações.

Nos últimos dias tem se intensificado as reclamações e as denúncias contra as prestações de serviços terceirizados em Castilho. Constantemente se observa no jornal local notícias que dão conta das inacabadas e mal construídas obras espalhadas pela cidade.
Algumas que tem chamado mais atenção é a Delegacia, que segundo o delegado do municipio é a pior de todo o Estado de SP, da qual acabou de ser construída e já necessita de reforma urgente. Temos ainda a longa e demorada reforma da creche do bairo Nova York, que conforme consta na placa da obra era para ter sido concluída em 270 dias, porém já dura quase dois anos. Isso sem falar nos problemas verificados no Portal, na praça, na Piscina Publica, etc.
Com relação a terceirização do transporte, essa mereceu uma denúncia em tribuna, feita por vereador se referindo ao abandono de pacientes em hospital da região e as constantes quebras de veículos em meio as estradas.
Agora a expectiva é quanto a reforma do Hospital da qual será feita pela mesma empresa que tem feito a maioria das obras da cidade.
Não é preciso muito esforço mental para concluir que as terceirizações destes tipos de serviços tende a levar aos resultados que estamos assistindo, pois como todos sabem ninguém faz nada de graça. Com toda a lógica que existe no mundo, é fato que vão querer de alguma forma lucrar com estes serviços, por isso que constantemente estaremos sujeitos ao uso de materiais baratos que tem tudo para ser de pior qualidade, além da precarização da mão-de-obra que será mal paga e em quantidade que melhor for conveniente para o empreiteiro. Ou seja, as demoradas obras não é nenhuma surpresa.
Deve-se estatizar imediatamente estes serviços. A própria Prefeitura deve tocar estas obras contratando frentes de trabalho para isso, como era feito antes. É a Prefeitura que deve ser responsável pelos transportes de uma forma geral, assim como é em quase todos os municipios da região, como a Ilha Solteira que renovou sua frota e mandou as favas a empresa de transportes que prestava este tipo de serviço para aquele municipio.
Fora às terceirizações feitas a partir de licitações manjadas e suspeitas. Está mais do que claro que estas Terceirizações tem trazido beneficios somente aos pseudo-empresários e empreiteiros de Castilho e região que buscam lucrar de todas as formas com a prestação de serviços importantes para a população e que a Prefeitura poderia perfeitamente estar a frente.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Nem bem retornou e já querem acabar.

Nem bem o Forró da praça retornou aos domingos castilhenses e já tem gente que defende o fim do mesmo.
Por coincidência ou não, no primeiro dia do seu retorno no último Domingo, aconteceu um caso de tentativa de homicídio próximo a praça. Isso bastou para que algumas autoridades da cidade defendessem o fim do Forró, alegando que este evento provoca de certa forma a violência.
Ou seja, o Forró seria tão e unicamente a causa e consequência de toda a violência que acontece aos domingos na praça, ou no dia-dia de Castilho.
O descaso com educação, esporte, cultura, combate as drogas, etc; teriam um papel secundário no estimulo da violência.
É bom lembrar que nos dois anos que o Forró deixou de acontecer a violência não diminuiu um milimetro.
O problema da violência do Forró da praça deve ser resolvido de outra forma e não simplesmente decretar o fim da UNICA opção de lazer da população mais pobre de Castilho que passa a semana inteira se esfolando no trabalho.
O Forró não é em si a maior causa de violência em Castilho, pode no máximo ser o local onde ela em parte se expressa. Na verdade Castilho passa por um momento em que não existe ambiente seguro para nada, mas que não deve ser visto como motivo para acabar com suas formas de lazer.
Pela continuação não só do Forró na praça, mas também pela criação de outras alternativas de lazer para a população castilhense.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sinopse de uma Pseudo-Audiência.

Mais uma vez foi desmascarada a idéia do prefeito municipal e de sua assessoria de que a concessão de uso da água castilhense à uma empresa da Iniciativa Privada é tão somente e única saída possível para resolver o pseudo-problema nos serviços de água e esgoto de Castilho.

Desta vez a cortina de fumaça que tentam por na frente do olhar do castilhense se dissipou sem muito esforço durante a Audiência Pública realizada quase que às escondidas, sem divulgação, neste dia 12 de Março de 2010 no Ciec, onde nenhum dos nove vereadores esteve presente, muito menos o prefeito municipal. Sendo que, dos cargos eletivos, o único que compareceu a esta audiência foi o vice-prefeito Pedro Boaventura.

Tendo como palestrante da audiência o sr. André, da Universidade de São Caetano do Sul, foi apresentado um estudo da situação do serviço de água e esgoto em Castilho-SP, e que repetiu as mesmas justificativas de antes para tercerizarem a água castilhense. Mais uma vez a mesma conversa de que prefeitura tem tido prejuízo de aproximadamente 500 mil reais na prestação deste serviço. Mas que nunca dizem de onde vem exatamente este prejuízo, se é de contas de água não pagas ou se é os investimentos feitos no setor (canos, bombas d'água, etc) ou dos dois. Que haveria hoje um desperdício de 36%. Mas não deixa claro que desperdício seria este. Se é vazamento ou outra coisa qualquer. Se for vazamento, ficaria a pergunta: Como indentificaram isso?

Como de costume, disseram que 45% dos moradores de Castilho não pagam a água. Mas ninguém sabe dizer se o conjunto Nova York, que não tem hidrômetro nas residências, entrou na contagem. Em nenhum momento foi tocado no assunto de anistia. Outro ponto dito foi o fato de a Prefeitura de Castilho fornecer água encanada a 100% dos domicilios e esgoto a mais de 90%. Ou seja, com este projeto de concessão o prefeito vai agir como uma verdadeira mãe ao entregar toda esta estrutura para uma empresa explorar por 30 anos renováveis por mais 30.

Desta vez apresentaram a previsão de uma tarifa social de R$ 7,60 aos moradores mais pobres da cidade. Tarifa esta, que ao contrário do que disseram nesta mesma audiência, está longe de ser a mais barata da região. Como foi dito e debatido por membros da platéia as tarifas de Ilha Solteira e Guaraçaí são ainda mais baixas, sem serem tarifas sociais. Quanto às demais tarifas que não se encaixariam no projeto de tarifa social, o palestrante não disse em nenhum momento de quantos ficaria. Pior! Admitiu que os prédios públicos da prefeitura terão que pagar água para a concessionária. Imaginem agora de quantos será a conta da prefeitura no hidrômetro da Piscina Pública.

Enfim, por estas e outras, ficou evidente que este estudo apresentado não é convincente, além de possuir uma metodolia de pesquisa muito duvidosa. E que apesar deste blá-blá-blá todo o povo não se engana com estes argumentos, pois já sabe por experiência própria o que tudo isso significa, já que sentiu na pele o preço das tarifas das Privatizações da energia elétrica, telefone e estradas (pedágios).
Mas o mais importante desta pseudo-audiência foram dois fatos:
*o de ficar evidente a falta de capacidade da iniciativa privada de oferecer qualquer taxa social mais baixa que o Estado/Município pode oferecer (exemplo: Ilha Solteira e Guaraçaí) e de não explicar como uma empresa privada poderá cuidar de um bem tão precioso como a água sem querer ter lucro com isso.
* outro ponto muito importante foi o fato de terem apresentado e reconhecido que outras alternativas eram possíveis além da Concessão, como a criação de uma autarquia para atuar no setor de água e esgoto da cidade. Sendo que, o presidente da AMACastilho, João Pedroso, citou o caso da autarquia de Guaraçaí-SP, que zerou as dívidas do setor de água daquele municipio e ainda tem tido sobra para investimentos.
A Tese da criação de uma autarquia como uma das possibilidades foi reforçada nas palavras do próprio palestrante André, que AFIRMOU que o projeto de Concessão da água é tão somente uma OPÇÃO do prefeito e que não é e nunca foi a ÚNICA alternativa para a resolução do problema, contra-dizendo o prefeito e sua assessoria.
Portanto, as palavras do palestrante contratado pela Prefeitura Municipal reforçam a reivindicação do Forúm da Cidadania de Castilho de que o prefeito deveria anular este projeto aprovado na surdina e de forma arbitrária, para, assim, poder discutir com toda a população castilhense qual a melhor saída para o tal problema da inadimplência, prejuízo, etc.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Contra a Concessão em qualquer de suas formas.


Indepentende do que diga o projeto da prefeitura sobre a concessão de água em Castilho, tendo em suas letras a previsão de anistia para os devedores, tarifa social seja lá a quem for, previsão de gastos e investimentos, devemos ser contrários a este projeto, por mais perfeito que seja.

Devemos ser contra pelo simples fato deste projeto transformar a água castilhense em produto/objeto de lucro a alguém.

É pegar tudo o que existe em Castilho, reservatórios, encanamentos, bombas d'água, etc; e entregar/emprestar por um tempo determinado (que segundo consta) é de 30 anos renovável por mais 30 (ou seja, uma vida inteira). Sem falar nos funcionários que lá estão e que correm risco de serem demitidos.

A água não pode ser vista como uma simples mercadoria a gerar lucro.

Sabemos na prática o que é a iniciativa privada e como ela age.

A única coisa que resta é cancelar este projeto e já que o prefeito diz que o setor de água está dando prejuízo a idéia é promover uma discução de uma solução fora da iniciativa privada.

As manifestações frente a camara municipal e na prefeitura mostram a insatisfação popular por tal projeto, mesmo que a imprensa cínica de Castilho diga que estas manifestações tem sido frequentadas sempre pelos mesmos.

Desafia-se o sr. prefeito a ir de casa em casa pedir a opinião das pessoas por tal projeto de concessão.

Resultado da Reunião Sobre a Concessão da água.

Na última terça-feira (23/02) realizou-se uma reunião entre prefeito e representantes da sociedade civil de Castilho para discussão do projeto de Concessão da água castilhense à iniciativa privada.
Melhor descrição do que houve não é possivel encontrar a não ser no blog do Forum. Que segue em parte abaixo.
http://forumdacidadaniadecastilho.blogspot.com/2010/02/preparacao-da-4a-manif-contra-venda-da.html


Vitória: os representantes da Administração municipal reconheceram que as leis em tela não contemplam todos os aspectos da questão. Isto é quanto basta para que tenha validade a nossa reivindicação fundamental, de revogação da venda dos serviços de água e esgoto.O leitor perdoará a extensão, talvez exagerada, desta Nota à Imprensa. Informamos que, sem delongas, querendo-se saber qual foi o resultado da reunião, vá diretamente para o final desta mensagem, à sua seção sétima.

Ficou flagrado, digamos, assumido, por parte do jurídico da Prefeitura, através do sr. Jamil Kassab, que há motivo para o povo falar em golpe, autoritarismo e imposição – sem que o mesmo pudesse justificar por que a Administração teve tamanha pressa, afobação e, sobretudo, por que procurou manter na sombra os referidos projetos de lei. Não lhes deu a devida publicidade, não trouxe sequer para os Conselhos municipais correspondentes o debate. Não permitiu a participação da sociedade civil em assunto de vital importância para os domicílios e os estabelecimentos comerciais do meio urbano. Ao mesmo tempo, não apresentou um programa de regularização do abastecimento e irrigação do meio rural. Pelo contrário, não sabe o que acontecerá com a situação já precária dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária no município, uma vez que não voltem atrás na concessão de uso para empresa privada dos serviços de água e esgoto.
Na letra da lei, em determinada passagem, descobriram que poderá haver uma tarifa social, concedida a certas localidades. Isto é, não está claro que seja extensível à toda a população de baixa-renda, nem a quais localidades. Pior. Em termos legais, esse “poderá haver”, essa possibilidade, é vaga. Não é vinculante ou normativa para a abertura de licitação. Nosso ponto – insistimos – é que não foi colocada em primeiro plano na elaboração dos projetos de lei. Não fosse o povo manifestar-se...Esse compromisso de tarifa social, remoto, paliativo, tardio, não nos basta de modo algum. Simplesmente, não há um estudo feito para determinar a abrangência e a magnitude desse benefício. Quantas pessoas? De quem estamos falando? Quantos litros d’água? Quais localidades e por quê? De quanto será a tarifa mínima? E a máxima? Qual o critério? Qual a variação no tempo? São perguntas que a população tem de se fazer. Do lado das empresas a entrarem na licitação, a pergunta principal é: dada a necessidade de tarifa social, porque o município é rico, mas a população é pobre, qual a projeção de custos e de lucro – pensando na manutenção do serviço, no investimento na reforma da rede? Como se vê, a emenda acabou ficando pior que o soneto. Revogação das leis já! Continuemos perguntando: com tarifa social, haverá condição para ser sanado o déficit do departamento de obras? Como abrir uma licitação transparente, com lisura no processo, ao mesmo tempo em que não se determinou qual será a contrapartida social da empresa? Houvesse, pra valer, essa vontade de tarifa social por parte da Prefeitura, já estaria escrito o decreto correspondente. A reboque do Movimento Social, vale aquele ditado popular: escreveu, não leu, o pau comeu. Por isso, insistimos: gestão participativa, desde o primeiro momento.Embora o Prefeito tenha assumido, repetidas vezes, que não irá tomar atitude alguma que venha a prejudicar a população (o que gostamos de ouvir e, justamente, fundamenta-nos para insistir na imediata revogação das referidas leis), que empresa privada irá aceitar o acordo nesses termos? No entanto, já têm data para a segunda Audiência pública, relativa à licitação: cinco de março, às 9h, no CIEC. Da nossa parte, exigimos o cancelamento dessa audiência pública. Essa pressa, essa afobação, esse temor de trazer a público os termos do processo e esclarecê-los são suspeitos, indícios de corrupção.Segunda audiência pública – já relativa à licitação! – se não estamos esclarecidos? Se a sociedade civil é contra? É mais um erro. Chega. Falemos claramente. Não se trata de erro. Olho no lance: depois dessa, só restará mais uma Audiência pública para que o executivo possa sancionar o que “o legislativo aprovou sem ler”. E, mesmo assim, não anulam aquela votação por quê?Contudo, se alguns vereadores insistem em dizer que leram, sim, e concordam com o que está escrito (e, sobretudo, com o que não está previsto por aqueles Projetos de lei – aos quais faltam decretos e leis complementares, além de publicidade dos estudos e campanha civil de esclarecimento), então: trata-se, sim, de cogitarmos de um conluio entre o executivo e o legislativo municipal. De um acordo obscuro, de interesses escusos por trás, de mensalinho. E, escancarado aos céus, falta de sensibilidade social, empurrando goela abaixo do povo, autoritariamente, uma medida arquitetada nos bastidores que irá arrochar o orçamento familiar.O sr. Prefeito afirmou, na imprensa local, que, de pronto, haverá aumento de 50% na conta de água. Então, para eles, 50% a mais na conta de água não é nada? Duvidamos, e muito, desse desprendimento material. Se fosse assim, eles, os do conluio, não fariam de tudo para impor, sob ameaça de corte do fornecimento do serviço (“o único jeito de acabar com a inadimplência”), 50% a mais em cada conta de água da cidade. Como se o único problema fosse o da inadimplência... não sabem eles dos pontos fantasmas de água? Que tem funcionário de primeiro escalão enchendo a piscina com água do município, do caminhão-pipa da Prefeitura?O prefeito deu aquela declaração baseado no relatório da César Zoli Engenharia e Consultoria, anunciado ano passado, durante a primeira Audiência pública. A mesma Consultoria demonstrou que seria necessário que a conta de água quintuplicasse (mais ou menos), ao prazo de trinta anos, para acabar com o déficit do departamento de obras e concluir a reforma do sistema, a limpeza das galerias, a troca dos canos, o tratamento das caixas-d’água. Aí está nosso desacordo, que remete a uma questão de princípios.Não concordamos que a população venha a pagar por isso, se o seu dinheiro confiscado pelos impostos é pra isso. A manobra da Prefeitura é a seguinte: desonerar-se de qualquer investimento no sistema e arrancar (de quem já não tem) os recursos necessários para reformar e fazer o sistema dar lucro. Falta de sensibilidade social ou crime? Eis um projeto de corte tipicamente neoliberal, privatizante, avançado no Brasil pelo PSDB (de quem, na gestão municipal anterior, Antonio Ribeiro (PTB) era vice).A receita, importada dos Estados Unidos de Nixon (1971), é do conhecimento de todos: sucatear para, depois, privatizar. Privatizar, terceirizar, conceder o uso. Assim aconteceu com o sistema de saúde; com a telefonia; com a energia elétrica; com a previdência; com as ferrovias e as estradas. Com o amor, com a cultura, com você, comigo etc..
Cabe, ainda, contestar a sugestão do Tribunal de Contas sobre o déficit no sistema, que a Prefeitura está tomando como um veredicto inapelável.A Administração Municipal, em um dos seus Boletins Informativos, justificou o regime de concessão (para prestação do serviço público de abastecimento de água e esgoto sanitário) com a alegação de que o "Tribunal de Constas aperta o cerco contra a Prefeitura". Insinuava-se, com isso, que o Prefeito poderia ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, por renúncia de receita. Tal renúncia estaria caracterizada pelo déficit do setor de água e esgoto, da ordem de R$ 582 mil (quinhentos e oitenta e dois mil reais), causado pela inadimplência dos contribuintes. De passagem, digamos que é muito pouco, para um município que arrecada perto de R$ 40 milhões por ano.Voltemos ao medo que tem o Prefeito de ir pra cadeia por causa do Tribunal de Contas. Ora, isto seria verdade se a Prefeitura não estivesse cumprindo a lei e deixando de adotar as medidas administrativas e judiciais para recebimento das dívidas dos inadimplentes. Como a Prefeitura – e isso nos foi dito pela assessoria jurídica – adota todas essas providências, não há que se falar em enquadramento do prefeito na Lei de Responsabilidade Fiscal. Da nossa parte, tomar as providências não é passar a concessão do serviço (o que ainda não foi feito...), mas iniciar uma ampla campanha civil pelo fim da inadimplência, de conscientização, pelo fim do desperdício d’água (que deveria ter começado ontem).Portanto, a Administração Municipal, ao usar o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo como escudo para seus atos impopulares, deu um tiro no próprio pé!


Audio da Reunião:
http://rapidshare.com/files/355721312/Audio-Reuni__oConcess__o__gua.WAV.html

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Em apoio ao projeto de Pebliscito


Em apoio a iniciativa do Forum da Cidadania de Castilho de criar um projeto de lei a ser apresentado na Camara de Vereadores do municipio e que depois de aprovado obriga o poder municipal ouvir a opinião da população antes de privatizar qualquer serviço público em Castilho.

Conclama-se a todos a apoiarem tal iniciativa.

CONTRA A NOVAS FACADAS PELAS COSTAS.


**************************************************************



ABAIXO-ASSINADO PARA PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULARQUE OBRIGA A REALIZAÇÃO DE PLEBISCITO PARA HAVER QUALQUER MUDANÇA NO REGIME DOS SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS.

Nós, abaixo-assinados, eleitores e eleitoras de Castilho / SP, reivindicamos que todo e qualquer serviço municipal, seja o de abastecimento de água, seja o de saneamento básico, seja o de coleta de lixo, seja o de merenda escolar, seja o de transporte público etc., para ser criado, extinto, reformado (em termos físicos ou humanos) ou repassado a autarquia pública ou a concessão particular, deve, por força de lei de iniciativa popular, ser antes divulgado, detalhado e, em seguida, aprovado ou negado em Plebiscito. Igualmente, enquanto manifestação da vontade do povo e mecanismo legítimo e constitucional, reivindicamos que os Plebiscitos em Castilho tenham efeito vinculante e normativo às proposituras em questão.O Plebiscito será convocado mediante decreto legislativo, por proposta de cinco por cento do eleitorado do município, conforme prevê a Constituição de 1988. É convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. A partir da aprovação de convocação do Plebiscito, o projeto legislativo ou medida administrativa não efetivada, cujas matérias constituam objeto da consulta popular, terá sustada sua tramitação, até que o resultado das urnas seja proclamado. O plebiscito convocado será considerado aprovado ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Petkovic sobre o socialismo na Ana Maria Braga.


A apresentadora global Ana Maria Braga adora o consumismo capitalista e nunca escondeu a sua rejeição às idéias de esquerda. Mas, geralmente, ela exagera nas suas paixões. No seu programa da TV Globo da semana passada, ela entrevistou o jogador sérvio Dejan Petkovic, atual campeão pelo Flamengo e craque reconhecido por todos os apreciadores do futebol. A entrevista até que ia bem, quando ela não se conteve e disparou: “Como foi nascer num país com tanta dificuldade?”.


Petkovic, que é bom de bola e de cabeça, não vacilou e marcou mais um golaço: “Quando nasci não tinha dificuldade nenhuma. Era um país maravilhoso, vivíamos um regime socialista, todo mundo bem, todos tinham salário, todos tinham emprego. Os problemas aconteceram depois dos anos 80”.
A apresentadora engoliu a seco e prosseguiu a matéria. Sua assessoria devia, ao menos, ter pesquisado as posições progressistas do jogador para evitar mais esta pisada de bola.
“Musas” direitistas do Cansei
Ana Maria Braga já se meteu em várias outras frias – tanto que o corrosivo colunista José Simão já a apelidou de “Ana Ameba Brega”. Em meados de 2007, ela foi umas das “musas” do movimento “Cansei”, organizado por ricos empresários e notórios direitistas para desgastar o governo Lula.
Ela surgiu em outdoors ao lado da malufista Hebe Camargo, da “medrosa” Regina Duarte e da “festeira” Ivete Sangalo. Apesar da participação “gratuita” destas estrelas midiáticas, a patética iniciativa não conseguiu seduzir a sociedade e sucumbiu rapidamente.




sábado, 23 de janeiro de 2010

Os EUA teriam provocado o terremoto no Haiti?


Tão rapidamente quanto os desmentidos se espalham pela imprensa internacional, deve-se levantar a pergunta:quem está se beneficiando com a catástrofe? Certamente, não os haitianos.


O portal da internet do canal de televisão venezuelano Vive anunciou no dia 18 que “a Frota [russa] do Norte vem monitorando os movimentos e as atividades navais norte-americanas no Caribe desde 2008, quando os EUA anunciaram sua intenção de restabelecer a Quarta Frota, dissolvida em 1950, ao que a Rússia respondeu um ano depois com a frota russa encabeçada pelo cruzador nuclear ‘Pedro o Grande’, começando seus primeiros exercícios na região desde o final da Guerra Fria.
“Desde o fim da década de 1970, os EUA ‘avançaram enormemente’ no estado de suas armas de terremotos e, segundo estes informes, agora emprega dispositivos que usam uma tecnologia de Pulso, Plasma e Sônico Eletromagnético Tesla junto com ‘bombas de ondas de choque’”.
Ainda segundo o canal Vive, a Marinha norte-americana comparou os resultados de dois testes de suas “armas de terremotos”, na semana passada. O primeiro com um terremoto de magnitude 6,5 provocado no Pacífico, atingindo a área em torno à cidade de Eureka, na Califórnia sem causar mortes, e o sismo provocado no Caribe, que causou a morte de pelo menos 140 mil pessoas.
O relatório da Frota do Norte assinala ainda que os testes têm como objetivo preparar o uso da arma de terremotos contra o Irã, através de uma série de terremotos calculados para derrubar o atual regime.
As informações divulgadas pela imprensa internacional apontam para o uso do projeto HAARP – Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Freqüência, na sigla em inglês – como a principal ferramenta utilizada para causar os terremotos e outras mudanças climáticas, como inundações, secas e furacões.
O relatório mencionado pelo canal Vive afirma ainda que o terremoto ocorrido na província de Sichuan, na China, em maio de 2008, de magnitude 7,8 na escala Richter, também foi provocado pelo uso da radiofreqüência HAARP.
De acordo com a descrição dada pela imprensa internacional, o sistema coordenaria a emissão de radiofreqüência através de um sistema de satélites que controlam as freqüências induzidas por “hipocampos” e que são capazes de produzir atividade sísmica.
A reportagem apresenta ainda que, das as condições, os terremotos produzidos em uma profundidade idêntica ao comprimento de uma falha nas placas tectônicas podem ser induzidos pela projeção de freqüências sobre a área; a configuração dos satélites permite gerar áreas de atuação das freqüências projetadas de maneira controlada em pontos determinados; há uma sucessão de terremotos supostamente induzidos e que se relacionam por uma coincidência: seu epicentro têm a mesma profundidade, como o caso do terremoto que atingiu a Venezuela em 8 de janeiro, Honduras em 11 de janeiro e o terremoto no Haiti em 12 de janeiro, todos ocorridos neste ano e a 10km de profundidade.
A Rádio Nacional da Venezuela (RNV) apresentou, por sua vez, declarações do professor e analista internacional Vladmir Acosta, que afirma que “há suspeitas preocupantes de que o terremoto está associado ao chamado projeto HAARP, um sistema que pode gerar mudanças violentas e inesperadas no clima”.

Enchente põe à tona velhas questões!



*
*
*
*
*
*
Bastou a água da enchente do dia 8 de Janeiro baixar para que questões antigas voltassem à tona, como a criação de um código de postura. Isso devido ao fato de alguns moradores da cidade depositarem entulhos nas sarjetas, dando a entender que esta seria a causa e consequência dos alagamentos.
Depois desta forte chuva a prefeitura tratou, rápida e oportunamente de promover uma campanha de doações para os atingidos e de um arrastão de limpeza dos quintais antes que a população "jogassem" o lixo nas ruas. Uma boa atitude, mas não podemos esquecer que a mesma prefeitura precisa fazer a sua parte já que o número de garis é muito baixo e não dá conta do problema (talvez este sim, seja o grande problema, pois o entopimento de muitas das bocas de lobo se faz por terra que se acumula gradativamente).

Que a sujeira das ruas e os entulhos podem potencializar o problema dos alagamentos, todos concordam, mas dar a entender que para não termos mais casas invadidas pela enxurrada da rua depende apenas das bocas-de-lobo limpas, considera-se que isso não passa de um simplismo.

Na modesta opinião deste blog, Castilho não está preparado estruturalmente para encarar chuvas mais fortes; que tudo indica caírão com mais frequência devido as mudanças climáticas.

O escoamento das águas das chuvas da maior parte da cidade para a (Osório Junqueira e José Zar, as mais atingidas pela enchente) tende a saturar a capacidade do sistema de galerias que está presente nestas duas ruas.

Propõe-se aqui a ampliação da rede de capitação das águas Pluviais e a estatização do serviço de Caçamba, que hoje é caro para a maior parte dos castilhenses e incapaz de atender a todos. Além da contratação imediata de novos garis, com salários dignos.