sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ponte Ferroviária de Castilho





























Estas são fotos da Ponte Ferroviária que liga Castilho-SP a Tres Lagoas-MS, atravessando o Rio Paraná tiradas em uma saída de campo realizada no mês de Outubro de 2009 pela Econg em uma das aulas da Oficina de Meio-Ambiente ofericida por esta ong.
"A ponte ferroviária de Francisco Sá foi aberta em 1925 pela E. F. Noroeste do Brasil. Ela se situa sobre o rio Paraná, entre as estações de Junqueira, do lado paulista, e de Jupiá, em Mato Grosso do Sul. Antes de sua construção eram utilizadas balsas para se cruzar o rio naquele ponto e a estação de Jupiá ficava do lado paulista e não sul-matogorssense. A ponte passou a ser utilizada depois da privatização em 1996 pelos cargueiros da Novoeste, adquirida em 2006 pela ALL."

Considera-se que o maior valor desta obra está em sua importância histórica, já que foi construída seguindo os moldes da arquitetura inglesa, revelando a influência que o imperialismo britânico tinha (0u tem) no Brasil. Os investimentos do Estado brasileiro em ferrovias eram feitos exatamente a partir da aquisição de tecnologia inglesa, o que levou a um individamento do Brasil frente a Inglaterra.
Portanto, ao olharmos para esta obra, estamos diante de uma parte do processo histórico de evolução do capital no Brasil, estamos também admirando a coragem e bravura dos operários que se arriscaram em uma construção executada há quase cem anos atrás, onde as condições de trabalho e segurança eram muito mais duras e inseguras do que nos dias atuais.
Hoje esta ponte, que é um marco na história de Castilho e do Brasil, está quase que abandonada. Após o processo de privatização da ferrovia em questão, a empresa que conseguiu a sua concessão não tem se quer pintado a referida ponte. A ferrugem, a degradação e má aparência tem tomado conta da ponte Francisco de Sá, que poderia estar sendo utilizada não só para a passagem de trens, mas também como ponto turístico e de conservação da história.
PS: uma curiosidade contada pelos moradores mais antigos de Castilho é a de que o engenheiro responsável pela construção da Ponte Francisco de Sá teria se suicidado ao ver a obra concluída. Ele temia que a ponte não suportaria o peso dos trens, algo que até hoje se provou o contrário.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sem Tetos!!


O grupo de Sem Tetos de Castilho-SP que está acampado há mais de um ano em um terreno da prefeitura que se localiza ao lado do Anel Viario, conseguiu um firmamento de compromisso do poder público municipal.


Do Blog do FORÚM DA CIDADANIA DE CASTILHO



No prazo de noventa dias, a vencer em janeiro de 2010, as obras de infra-estrutura terão começado no antigo terreno do Asilo Betel. Em seguida, o terreno será loteado e repassado para os Sem Teto, que construirão, por conta, com a escritura na mão, as suas casas, seguindo o padrão da moradia econômica. A Prefeitura vai doar as plantas e prestar gratuitamente o serviço de acompanhamento técnico de engenharia: assim se resume o novo compromisso da Prefeitura com as 200 famílias da Associação dos Moradores Sem Teto de Castilho (AMST), firmado na última quarta-feira, dia 14 de outubro de 2009.Em Assembléia Extraordinária no próprio acampamento, com a presença de Jocelim Pinhanelly (diretor do departamento de Administração), William Ricardo Correa Calestini (Engenheiro Civil), Edimilson [Fom] Pereira (assessor de Ações Governamentais) e Irani Alves de Oliveira (Diretora de Assistência, Previdência e Habitação) – conforme requisição do Fórum da Cidadania de Castilho –, o acordo foi festejado pelos Sem Teto. Embora lhes houvessem sido prometidas 200 casas populares a custo-zero durante a campanha eleitoral, os/as acampados/as compreenderam que é melhor um passarinho na mão que dois voando. Com o loteamento minimamente urbanizado garantido pela Prefeitura, com rede de saneamento e eletricidade, guias e sarjetas, as famílias poderão, em vez de desperdiçarem dinheiro com aluguel, investir na construção da casa própria. O plano é cair para dentro o mais rápido possível e continuar fiscalizando o andamento da empreita.Segundo Luciene, presidenta da AMST, as obras já estão atrasadas. “A Prefeitura tinha dito que a infra ia começar agora em outubro e o terreno estaria pronto no final de 2009. O prazo estourou e nem o topógrafo veio. Para não ficarmos ao deus-dará, como aquelas 1.200 famílias inscritas no programa do PSDB da CDHU, decidimos renegociar com a Prefeitura. Estou muito grata que eles tenham vindo até o acampamento falar diretamente com a base. Acho que o novo acordo foi bom para ambas as partes, porque foi realista. As famílias mostraram que estão na precisão, unidas, organizadas e determinadas a conquistarem o seu objetivo, que é o direito a ter uma moradia digna; e, desta vez, a Prefeitura não prometeu o que não pode cumprir. Como as conversas só aconteciam no gabinete, quem passava por mentirosa era eu. Só faltou dizer quando a infra vai ficar pronta. Mas, claro, uma coisa de cada vez. Em janeiro, começam as obras.”O compromisso foi registrado em Ata, assinada pelos representantes da Administração e pelas famílias acampadas. Também estiveram presentes Pedro Boaventura, vice-prefeito, e os vereadores José Borges (PSC) e Nelson [Cacete] Pereira (PSL), que concordaram em levar o assunto para o Plenário da Câmara e facilitar a parte legal, incluindo o recurso orçamentário. Hoje, a Prefeitura tem em caixa R$ 350 mil reservados para os Sem Teto, enquanto a obra está estimada em perto de um milhão de reais.As famílias também esperam contar com a Câmara para que a AMST seja soberana no processo de seleção dos beneficiados. “Ninguém pode segurar o seu lote sem construir em cima”, afirmou Luciene, “mas a gente sabe que nem todo mundo tem o dinheiro para levantar uma casa da noite pro dia. É muito bom que os vereadores estejam conosco nessa hora. Temos que firmar critérios para garantir que nenhum Sem Teto perca o seu direito. Temos clareza sobre três coisas: primeiro, o lote tem de ficar invendável por dez anos; segundo, a casa não pode virar objeto de aluguel; e, terceiro, o prazo pra concluir a casa tem de ser o mais justo possível, conforme a renda das famílias. Aliás, a gente não abriu mão do custo-zero do nosso direito. Acho que as autoridades aqui presentes entenderam muito bem que a gente não quer morar numa favela. Isto seria uma desgraça para nós e para Castilho. Por isso, estamos em cima da Prefeitura e da Câmara e vamos continuar lutando. Seria ótimo se o financiamento das casas fosse pelo programa do Lula “Minha Casa, Minha Vida”, que é o mais barato atualmente. O Pedrinho [Boaventura] tem nos ajudado muito, junto com o Toninho da Ilha Solteira, que é assessor do Arlindo Chinaglia (dep. Federal / PT).”